Gosto muito da PJ Harvey e admiro a sua capacidade de arriscar a cada novo disco, de se reinventar ao longo dos anos. Talvez fosse mais cómodo, acho que é quase sempre, continuar a fazer o que fazia tão bem, que todos reconheciam como sendo A PJ, sem nunca desapontar a enorme corte de fãs: aquele som mais cru, mais rockeiro, mas acontece que esta senhora gosta de fugir às regras e também é por isso que gostamos tanto dela, não é?
Embora adore o universo negro com que ela habita os dois últimos discos pessoalmente não me identifico tanto com este como com os anteriores, mas não deixou por isso de ser emocionante vê-la ao vivo, sentir a forma como se entrega às novas músicas, como a sua voz está cada vez mais encantadora e a presença em palco é qualquer coisa de grande